28 research outputs found

    Patterns pedagógicos: possibilidades para a docência com as tecnologias

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    O desafio de integrar tecnologias às práticas pedagógicas tem se tornando mais premente à medida que novos recursos se tornam disponíveis em intervalos cada vez menores. A partir de uma revisão bibliográfica, identificamos propostas para disseminação das práticas pedagógicas com as tecnologias, a partir da teoria de patterns. Observou-se, contudo, que se trata de uma visão reducionista em comparação com a proposta original. Este artigo apresenta um recorte de pesquisa que analisou as concepções de patterns na Educação, revelando pouco consenso em relação às formas de identificação, catalogação, compartilhamento e, efetivamente, aplicação no contexto da docência com tecnologias educacionais. Adicionalmente, pouca empiria sobre o impacto da abordagem de patterns nas práticas pedagógicas foi encontrada. Comparando com a abordagem aplicada à computação, com conceitos e práticas bem estabelecidas, percebe-se a necessidade de adequação da teoria às diferentes propostas e atores na construção de práticas pedagógicas com as tecnologias

    TIC na educação: ambientes pessoais de aprendizagem nas perspectivas e práticas de jovens

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    This article examines conceptions, practices and perspectives on learning with ICT of a group of young people engaged in secondary education. The text is based upon a social semiotic analysis – following Kress and van Leeuwen’s grammar – of 19 drawings and 14 interviews, part of a data corpus collected in a broader piece of research that aimed at exploring the possibilities of integrating the idea of Personal Learning Environments (PLEs) into a school setting. The discussion suggests that, in representing their PLEs, which show uses of ICT tools to support learning, including social networking platforms already integrated into their repertoire of learning resources, these young people do not present innovative or uncommon uses of digital artefacts. In fact, the drawings appear to be characterised by an absence of creative activities and other forms of productive engagement with their immediate environment and the world: the young people seem to position themselves, predominantly, as receptors, suggesting that their appropriation of these technologies is strongly mediated by a traditional and hierarchical school culture. In revealing a picture marked by the mere reproduction of relations that are typical of a banking education based upon a pedagogy of transmission, the discussion points to the limited usefulness of the digital natives category, challenging decontextualized, Promethean expectations of ICT’s transformative potential.Este artigo examina concepções, práticas e perspectivas de um grupo de jovens do ensino médio (EM) sobre como aprendem com as tecnologias de informação e comunicação (TIC). Apresenta uma discussão fundamentada em empiria, constituída por dezenove desenhos e catorze entrevistas, parte do corpo de dados coletado em uma pesquisa mais ampla que objetivou explorar possibilidades abertas pela integração da ideia de ambientes pessoais de aprendizagem (APA) no EM integrado. Baseia-se em uma análise semiótica social que tomou como ferramental teórico-metodológico a gramática de Gunther Kress e Theo van Leeuwen. A discussão sugere que, nas representações de seus respectivos APA, as quais apontam para os usos que fazem das TIC em suas práticas de aprendizagem, incluindo plataformas de redes sociais, já legitimamente aceitas em seu repertório de recursos de apoio ao trabalho escolar, os jovens não parecem apresentar usos surpreendentes de artefatos digitais. De fato, os desenhos aparentam ser caracterizados pela ausência de ações criativas e formas de engajamento produtivo com seu entorno imediato e com o mundo: os jovens parecem posicionar-se, predominantemente, como receptores, sugerindo que suas apropriações dessas tecnologias na aprendizagem são fortemente mediadas por elementos de uma cultura escolar tradicional e hierarquizada. Ao sugerir um cenário que parece marcado pela reprodução de relações usuais da educação bancária, fundamentada na pedagogia da transmissão, a discussão aponta para limites da utilidade da categoria nativos digitais, desafiando expectativas prometeicas e descontextualizadas do potencial transformador das TIC

    From Didachography to AI: Metaphors Teaching is Automated by

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    Although automation is not a novelty, high hopes are currently pinned on more and more ingenious devices built with Artificial Intelligence (AI). AI has become a key discussion point in the agendas of governments and multinational agencies, with particular interest in educational applications. This article explores parallels between ideas surrounding AI in education and conceptions proposed in the 17th century by Jan Amos Comenius, known as the father of modern education. Drawing upon illustrations from ongoing research that takes metaphor as its core analytical category, the piece assumes that metaphors are not mere stylistic elements, but strategic persuasive devices. Comenius’ dachography, a portmanteau coined in his 1657 Didactica Magna to describe an inclusive educational system, relies heavily on metaphors that suggest remarkable similarities with contemporary EdTech rhetoric, especially on AI-related developments. Whilst exemplifying that ideas and premises entailed in current discourses on EdTech may hark back to centuries-old ideas, the paper argues that, despite taking on varying, contextually situated linguistic expressions, underlying metaphors appear to have endured from Comenius’ time to support the advent of an educational system poised to automate teaching and, thus, dispense with a key part of his scheme: the teacher. In closing, the piece suggests that we may need to acknowledge the contingent nature of teaching and learning, perhaps accepting that key aspects of what makes us human may always resist engineering

    De conteúdo a recurso, prática e pedagogia: sobre o movimento REA e suas ramificações

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    Em pouco mais de uma década após sua concepção, a expressão “Recursos Educacionais Abertos” (REA) foi alçada ao patamar de qualificação de um “movimento” que conta agora com fileiras de defensores incluindo indivíduos, instituições educacionais e até mesmo empresas espalhadas pelo mundo. Sob o epíteto Open Educational Resources identificam-se múltiplas comunidades engajadas em práticas de compartilhamento aberto de materiais educacionais na Web e, crucialmente, na disseminação de valores ditos democratizantes alinhados às possibilidades deste compartilhamento. Entretanto, tendo a disponibilidade das Tecnologias da Informação e da Comunicação como uma das contingências que possibilitaram sua emergência, a área é, de fato, caracterizada por profundas contradições que tendem a permanecer encobertas no âmbito de agendas pragmáticas, as quais conferem premência a questões de cunho prático. Assim, privilegiam-se temas como, por exemplo, a sustentabilidade do movimento e suas iniciativas, direitos autorais, e a interoperabilidade entre formatos e plataformas de compartilhamento. Este artigo apresenta uma discussão que remete à necessidade de se combinar os trabalhos de implementação, disseminação e conscientização acerca do potencial dos REA e suas ramificações, com uma problematização advinda de uma articulação mais sistemática entre as ações e reflexões produzidas na área e o pensamento dos autores críticos da contemporaneidade. É baseado em um recorte da literatura relevante e parte de um histórico parcial do movimento construído através de uma análise documental de textos chave da área, oferecendo uma introdução crítica à área e um pano de fundo para a apresentação de temas propostos para sua problematização. Palavras-chave: Recursos Educacionais Abertos. REA. Conteúdo Aberto. Educação a Distância. Educação online. From content to resource, practice and pedagogy: on the OER movement and its ramificationsAbstractIn little over a decade following its initial conception, the phrase “Open Educational Resources”, OER, has achieved the status of epithet of a “movement” that currently counts on lines of followers and advocates including individuals, educational institutions and even businesses across the globe. The acronym OER functions as an umbrella term that accommodates multiple communities engaged in practices of sharing educational resources on the Web and, crucially, contributing to disseminate underlying democratising values aligned with these practices. However, with Information and Communication Technologies constituting an essential contingency that facilitated the emergence of the movement, the area is, indeed, marked by profound contradictions. These tend to remain tacitly unexamined within the scope of pragmatic agendas that privilege questions of a more practical nature and, therefore, promote focus on issues pertaining to the sustainability of the movement and its initiatives, intellectual property and copyrights, and interoperability between formats and platforms. This article suggests the need to combine actions related to implementation, dissemination and development of a wider awareness of the potential of OER and their more recent ramifications with a more careful examination of the practices and thinking produced in the area from the perspective of contemporary thinking by critical commentators. The article discusses the OER movement with basis on a partial history constructed from an examination of its seminal documents and a selection of complementary sources, thus providing a critical introduction to the area as well as a backdrop for the presentation of themes that arise for further problematization. Key words: Open Educational Resources. OER. Open Content. Distance Education. Online Education. </span

    RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOS COMO TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS: CONSIDERAÇÕES CRÍTICAS

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    RESUMO: O movimento dos Recursos Educacionais Abertos (REA) já completou mais de 15 anos. No Brasil, em particular, o sucesso do movimento pode ser ilustrado com a inclusão de REA no Plano Nacional de Educação (PNE) 2014-2024. Porém, o documento apresenta esses recursos como uma categoria de tecnologias educacionais, posicionadas no texto como ferramentas ou artefatos neutros. Este artigo examina tal posicionamento a partir de uma discussão de REA em uma perspectiva que destaca questões históricas, políticas e ideológicas. Reitera-se a ideia de que a espinhosa relação entre a educação e a tecnologia requer análises que destaquem aspectos contextuais e considerem relações com o tempo presente e a história

    TIC na educação: ambientes pessoais de aprendizagem nas perspectivas e práticas de jovens

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    Resumo Este artigo examina concepções, práticas e perspectivas de um grupo de jovens do ensino médio (EM) sobre como aprendem com as tecnologias de informação e comunicação (TIC). Apresenta uma discussão fundamentada em empiria, constituída por dezenove desenhos e catorze entrevistas, parte do corpo de dados coletado em uma pesquisa mais ampla que objetivou explorar possibilidades abertas pela integração da ideia de ambientes pessoais de aprendizagem (APA) no EM integrado. Baseia-se em uma análise semiótica social que tomou como ferramental teórico-metodológico a gramática de Gunther Kress e Theo van Leeuwen. A discussão sugere que, nas representações de seus respectivos APA, as quais apontam para os usos que fazem das TIC em suas práticas de aprendizagem, incluindo plataformas de redes sociais, já legitimamente aceitas em seu repertório de recursos de apoio ao trabalho escolar, os jovens não parecem apresentar usos surpreendentes de artefatos digitais. De fato, os desenhos aparentam ser caracterizados pela ausência de ações criativas e formas de engajamento produtivo com seu entorno imediato e com o mundo: os jovens parecem posicionar-se, predominantemente, como receptores, sugerindo que suas apropriações dessas tecnologias na aprendizagem são fortemente mediadas por elementos de uma cultura escolar tradicional e hierarquizada. Ao sugerir um cenário que parece marcado pela reprodução de relações usuais da educação bancária, fundamentada na pedagogia da transmissão, a discussão aponta para limites da utilidade da categoria nativos digitais, desafiando expectativas prometeicas e descontextualizadas do potencial transformador das TIC
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